sábado, 16 de outubro de 2010

Intenções por trás das palavras

Minha esposa [veja como são os signos, pensei dizer companheira mas ela detesta esta designação; para mim companheira remete a idéia de colega e amiga nesta vida, para ela significa uma relação ilegal entre um homem e uma mulher, o que ela abomina] diz que minhas conversas com ela começam sempre com a expressão "eu li uma coisa", porque quando leio algo que me agrada, me acrescenta ou me desperta, preciso contar para alguém. Foi esta mania, ou necessidade, que me fez escrever este blog.
Agora mesmo (ainda é cedo, mal acabou de clarear o dia), comecei a ler o livro Mitologias, do adimirável pensador francês Roland Barthes, e no prefácio explica que é uma coletânea de crônicas que ele escreveu ente 1952 e 1954:
"Yo intentaba entonces reflexionar regularmente sobre algunos mitos de la vida cotidiana francesa. El material de esa reflexión podía ser muy variado (un artículo de prensa, una fotografía de semanario, un film, un espectáculo, una exposición) y el tema absolutamente arbitrario: se trataba indudablemente de mi propia actualidad".
Confirmou-se para mim que para a maioria dos escritores escrever é uma forma de se atualizar.
"Escritos mes a mes, estos ensayos no aspiran a un desarrollo orgánico: su nexo es de insistencia, de repetición. Aunque no sé si las cosas repetidas gustan -como dice el proverbio- creo que, por lo menos, significan. Y lo que he buscado en todo esto son significaciones. ¿Son mis significaciones? Dicho de otra manera, ¿existe una mitología del mitólogo? Sin duda, y el lector verá claramente cuál es mi apuesta".
Estou ansioso para ler seus ensaios. Homem muito perspicaz - pega um objeto, um fato, e o vê de um modo que a nós nos escapa - analisou os signos por trás da descrição dele, do fato, conforme a mídia passa para nós, tentando nos enganar, talvez?
"Pero, en realidad, no creo que el problema se plantee exactamente de esta manera. La "desmitificación", para emplear todavía una palabra que comienza a gastarse, no es una operación olímpica. Quiero decir que no puedo plegarme a la creencia tradicional que postula un divorcio entre la naturaleza y la objetividad".
É o que espero ler. Talvez, depois, consiga estar mais preparado para ver as verdadeiras intenções por trás das palavras.

Um comentário:

Unknown disse...

Prezado Joseadal li com muita atenção("intenções por trás das palavras")como civilista que sou a palavra correta seria:marido/mulher, esposa no sentido exato se denomina a mulher/marido no dia dos esposais(dia do casamento)quando se recebem até pelo padre quando os declaram marido e mulher!Portanto companheira é um ato carinhoso de um marido para a mulher!Nada de errado nisso!O meu abraço sincero de Eccylla.