quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Não despreze a razão e a ciência

"Ignácio de Loyola recupera os princípios do Cristianismo, lembrando ao cristão que se vivia um momento histórico da 'boa nova', onde o homem devia reconhecer-se como pecador, mas também como alguém recuperável por meio da busca do perdão de Cristo".
Esta é uma questão controversa desde a ascensão de Jesus: é a fé que salva ou são as obras? O sangue, o sacrifício feito por Jesus, elimina os pecados e está tudo quites? Inácio entendia que a fé precisava ser seguida de obras, mas que o crente em nenhum momento entendesse que era seu esforço o que lhe daria vida eterna.
"Essa salvação ocorre pela oração, pela contemplação e reflexão, sendo que o caminho para o perdão é a Purificação da alma. Como bom reformista alimentado pelos valores da sua época, Loyola procura nas raízes do cristianismo os exemplos concretos e profundos da salvação humana".
Apesar de católico fervoroso ele não era um fanático que desprezava a razão e a ciência pela revelação.
"Loyola mostra-se plenamente filiado à escolástica e convencido de que ela é a solução para todos os pensamentos e conclui: 'os doutores escolásticos, sendo mais recentes, não somente se aproveitam da verdadeira compreensão da Sagrada Escritura e dos santos doutores positivos mas também, iluminados e esclarecidos pela virtude divina, se apóiam nos concílios, cânones e decretos de Nossa Santa Mãe, a Igreja'. Essa paixão pela escolástica é devida a seus estudos na Universidade de Alcalá (1526-1527) e em Salamanca (1527)"; diz Josué Quevedo.
Escolásticos foram Agostinho, Tomaz de Aquino e outros teólogos que além de estudar a Bíblia e a tradição da Igreja pesquisavam os filósofos gregos como Aristóteles, Platão, Hipócrates, Arquimedes e tantos outros. Os conhecimentos científicos também são obras que salvam.

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