sábado, 11 de dezembro de 2010

Canto o homem paradoxal.

"Não creio que se possa melhorar uma coisa que já está melhorada, e ainda está incompleta; sempre atrás, mas sempre avançando; cheia de escuridão, e clara como o sol; hipócrita e indigna de confiança mas em alguns momentos sincera e sem artifícios. Canto o homem paradoxal. Aceito não apenas sua carne como também os ossos dentro de sua carne e o pecado que corre nesses ossos. Se o aprovo? É difícil aprovar essa criança ainda informe. Mas os filhos são sempre merecedores de amor, quer sejam assassinos, quer sejam santos - e, às vezes, não odiamos os santos tanto quanto os assassinos? Canto então o homem total, partindo para o Espaço".
Selecionei este pedaço do livro Marte e a Mente Humana porque ele é como um espelho para nos olharmos. Eu sou assim e não adianta você negar e dizer: eu não, eu sou certinho; não é não. Mas o bom de tudo é que temos um Pai que nos ama, sempre, até na cabeceira de nossa cama em nossos últimos momentos. Porque somos paradoxais, às vezes somos sim e outras não, um ser que ninguém conhece, nem nós mesmos. Então não perca este Pai, mantenha-O sempre por perto, você ainda vai precisar dEle.Talvez dizendo cheio de humildade (finalmente): Ó Eterno, Deus todo-poderoso, [foi Ele que de um proto átomo, ainda nem um hidrogênio, criou um esquema em que de um "nada" surgiu uma estrela e um beija-flor, uma montanha e uma borboleta; quer mais prova de que Ele é todo-poderoso?] levanta-te e vem me ajudar! (Salmos 59)

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