sábado, 5 de junho de 2010

É pela espécie humana que a natureza se interessa


O Iluminismo surgiu no século 17 e Immanuel Kant assim o define: "O Iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! - esse é o lema do Iluminismo".
Dizem que o Iluminismo, foi o afastamento dos estudiosos de toda forma de religião e resultou em filósofos (especialmente os alemães) que combatiam qualquer forma de fé, como Schopenhause:
"Não é pelo indivíduo, mas unicamente pela espécie que a natureza se interessa e dela cuida seriamente da conservação, circundando-a de grande luxo de precauções tanto por meio da superabundância como do poder imenso do instinto de reprodução. O indivíduo, ao contrário, não tem valor algum para a natureza e nem pode tê-lo, desde que é apenas um ponto num tempo infinito e num espaço infinito que compreende um número infinito de indivíduos possíveis. A natureza está sempre pronta a abandonar o indivíduo".
Eu e você somos coisinhas no infinito, até aí tudo bem, mas pontos?! Só isso? E desenvolvendo esta idéia chega a esta conclusão: "Por outro lado, a excreção é idêntica à morte que é o oposto da geração. Ora, nós nos sentimos perfeitamente satisfeitos com a matéria eliminada; é preciso manter tal atitude também quando a morte vem realizar por grosso e em mais larga escala, o que sucede a cada dia e cada hora na excreção".
- Ora, abandone esta leitura!
- Não posso, decidi ver o que ensinou e como pensa, ou se ilude com a pretensão de fazer frente a Deus, o materialista puro.
Ele continua: "Ninguém viveu no passado e ninguém viverá no futuro; o presente, somente ele, é a forma exclusiva da vida, propriedade certa, que nada poderá jamais subtrair-lhe".
- É duro pensar assim!
- Bem, a gente pode ficar num meio termo, ou em cima do muro, nem tanto a fé nem tanto a descrença.

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