domingo, 7 de fevereiro de 2010

Olha a cabeleira do Zezé


"É por isso que as pessoas preferem uma persona segura: 'este sou eu'; caso contrário, elas não sabem quem realmente são. O principal medo que temos do inconsciente é o de esquecermos quem somos".
Estas são palavras de Carl Gustav Jung em um seminário nos idos de 1923. Por isso é tão importante o carnaval, podemos agir como outra persona sem ficarmos comprometidos com o que fazemos e, desta forma, vivenciamos um outro jeito de viver que nesta vida não estamos autorizados a experimentar. Estas outras maneiras de ser estão todas em nosso inconsciente, o "coletivo", segundo Jung: "Um ser humano tem todas as tendências dentro de si, como todos temos". É isto que se chama efetivamente catarse, mas há outras formas. Jung diz assim: "O teatro é o lugar da vida irreal, é a vida em forma de imagens, um instituto psicoterapêutico onde os complexos são representados; lá é possível ver como estas coisas funcionam. Os filmes são bem mais eficientes que o teatro; são menos restritos, capazes de produzir símbolos espantosos para mostrar o inconsciente coletivo, já que seus métodos de apresentação são tão ilimitados". Quando nos identificamos com o personagem na tela - um aventureiro bem humorado como Harrison Ford em Indiana Jones, ou uma mulher enrolada e insegura do tipo que Renée Zellweger representa em Bridget Jones, ou ainda um sedutor, aproveitador, mas responsável, como Rhett Buttler representado por Clark Gable em E o Vento Levou - é porque temos todos este scripts dentro de nós e sentimos o agradável prazer de viver de novo daquele jeito.
Estas vidas estão em nosso inconsciente porque foram vividas por nossos antepassados e estão gravadas em nosso DNA ou foram vidas que vivenciamos como ser espiritual e estão gravadas em nossa alma ou perespírito. Você decide.

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