domingo, 7 de fevereiro de 2010

She, quando ela pode


Estou lendo um livro com um título curtinho, SHE.
Robert A. Johnson é um psicanalista da linha junguiana e explora as incompreensíveis atitudes das mulheres sob a ótica de um personagem da mitologia, Psique. A lenda conta que esta bela princesa era perseguida pela ciumenta deusa do mar, Afrodite. Robert explica que a mulher luta com esta força ligada a maternidade o tempo todo agindo muitas vezes de um jeito que maltrata o homem e outras mulheres sem conseguir se controlar.
Na história, a bela princesa casa com Eros que lhe oferece uma vida muito boa exigindo, porém, que não o veja, quando estão juntos ficam na escuridão. Robert ensina que esta é uma atitude comum no homem, sustenta a mulher, mas não a quer se metendo no que ele faz. Seu desejo é um relacionamento superficial, como dos nossos ancestrais brutos, uma "trepada" e tchau.
O mito conta então que suas irmã insistem na necessidade dela conhecer o marido - vai que seja um monstro - e a aconselham a se munir de uma faca e de uma lamparina. A interpretação é que a mulher parte para conhecer o marido com estes dois instrumentos e ao invés de usá-los na ordem lógica, primeiro a luz para ver como ele é e logo a faca para cortar-lhe a cabeça se for um mau sujeito, o lado tempestuoso dela já começa agredindo. Mesmo sem saber se ele fez com má intenção ela já chega rasgando.
Então, o ensino deste conto mitológico é: o homem deve aguentar sua mulher porque ela não sabe por que está batendo, mas a gente desconfia da razão de estar apanhando.

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