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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Sou assim até hoje


Me emociono com a História Medieval na Europa, o tempo dos cavaleiros com armadura de ferro e das viagens marítimas que colocando frente a frente povos de culturas diferentes provocou grandes mudanças no mundo. Aquele, era um tempo sisudo, o cristianismo estava distante dos ensinamentos de Jesus Cristo. Os padres católicos e protestantes eram sérios demais, levavam tudo a ponta de faca e rejeitavam a alegria e o riso como sendo coisa dos demônios. Mas o povo que ora tinha o que comer, ora passava fome; que vivia assustado com as constantes guerras que traziam, assim de repente, soldados às portas de suas casas; ou sofriam com a perda de vidas queridas ceifadas pelas repetidas pragas e doenças para as quais não havia remédio precisavam de momentos de vida com descontração, brincadeiras, risos e alegrias - para isto havia o carnaval.
"Sin embargo, su amplitud e importancia eran considerables en la Edad Media y en el
Renacimiento. El mundo infinito de las formas y manifestaciones de la risa se oponía a la cultura oficial, al tono serio, religioso y feudal de la época. No se trata por supuesto de ritos religiosos, como en el género de la liturgia cristiana, a la que están relacionados por antiguos lazos genéricos. El principio cómico que preside los ritos carnavalescos los exime completamente de todo dogmatismo religioso o eclesiástico, del misticismo, de la piedad, y están por lo demás desprovistos de carácter mágico o encantatorio (no piden ni exigen nada). Más aún, ciertas formas carnavalescas son una verdadera parodia del culto religioso".
As brincadeiras do carnaval provocavam um refrigério naquelas almas cansadas. A liberdade de deixar de ser, por alguns dias, aquele homem ou aquela mulher carregados de dores e sofrimentos e se travestirem de damas, padres, nobres ou cavaleiros provocava uma catarse no povo. Era um teatro a céu aberto.
"Todas estas formas son decididamente exteriores a la Iglesia y a la religión. Pertenecen a una esfera particular de la vida cotidiana. Por su carácter concreto y sensible y en razón de un poderoso elemento de juego, se relacionan preferentemente con las formas artísticas y animadas de imágenes, es decir con las formas del espectáculo teatral".
Me reportando ao século 15 e 16 sinto uma enorme nostalgia, como se tivesse vivido lá, não como um príncipe ou cavaleiro, mas como um aldeão de vida simples, cercado por muitos filhos e netos [que perpetuaram meu DNA e me permitiram chegar a este mundo com lembranças tão antigas] e que amava sair com meu cachorro pelas matas, subindo serras e vadeando rios. Sou assim até hoje.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Olha a cabeleira do Zezé


"É por isso que as pessoas preferem uma persona segura: 'este sou eu'; caso contrário, elas não sabem quem realmente são. O principal medo que temos do inconsciente é o de esquecermos quem somos".
Estas são palavras de Carl Gustav Jung em um seminário nos idos de 1923. Por isso é tão importante o carnaval, podemos agir como outra persona sem ficarmos comprometidos com o que fazemos e, desta forma, vivenciamos um outro jeito de viver que nesta vida não estamos autorizados a experimentar. Estas outras maneiras de ser estão todas em nosso inconsciente, o "coletivo", segundo Jung: "Um ser humano tem todas as tendências dentro de si, como todos temos". É isto que se chama efetivamente catarse, mas há outras formas. Jung diz assim: "O teatro é o lugar da vida irreal, é a vida em forma de imagens, um instituto psicoterapêutico onde os complexos são representados; lá é possível ver como estas coisas funcionam. Os filmes são bem mais eficientes que o teatro; são menos restritos, capazes de produzir símbolos espantosos para mostrar o inconsciente coletivo, já que seus métodos de apresentação são tão ilimitados". Quando nos identificamos com o personagem na tela - um aventureiro bem humorado como Harrison Ford em Indiana Jones, ou uma mulher enrolada e insegura do tipo que Renée Zellweger representa em Bridget Jones, ou ainda um sedutor, aproveitador, mas responsável, como Rhett Buttler representado por Clark Gable em E o Vento Levou - é porque temos todos este scripts dentro de nós e sentimos o agradável prazer de viver de novo daquele jeito.
Estas vidas estão em nosso inconsciente porque foram vividas por nossos antepassados e estão gravadas em nosso DNA ou foram vidas que vivenciamos como ser espiritual e estão gravadas em nossa alma ou perespírito. Você decide.