“Quando
ficava zangado fechava os olhos com os dedos, como se estivesse numa profunda
meditação, depois dizia: muito bem garota, muito bem. Eu já sabia o que estava
por vir”.
São palavras da personagem Madaline, no livro O Silêncio das
Montanhas, de Khaled Hosseini (p. 253). Um relato íntimo e a opinião de uma
mulher que escolheu caras errados.
“Depois,
conheci outros homens como ele. Gostaria de não ter conhecido, mas conheci.
Aprendi que basta ‘cavar um pouco’ e eles se mostram todos iguais. Alguns são
mais educados, podem ter um pouco de charme – ou muito – e enganar a gente. Mas
são todos garotos infelizes chafurdando na própria raiva”.
Vivo há
tantos anos com Lili e, pelo que ela me fala, também eu, sob a capa de homem liberal
e compreensivo dorme um transformador de mulheres. O homem escolhe a mulher
pelo que ela é, mais o que idealiza, e na convivência ele tenta por todos os
meios transmuda-la em outra.
"Eles se
sentem enganados. Creem que não tiveram a parte que mereciam nessa vida. Que
ninguém os amou bastante. Claro que deseja que a gente os ame. Querem ser
abraçados, ninados e tranquilizados. Mas é um erro conceder-lhes isso. Porque
eles não conseguem aceitar. Não conseguem aceitar exatamente aquilo de que
precisam. E acabam odiando você por isso. O ódio desses homens não tem fim,
porque não tem limite, nunca terminam: a infelicidade, os pedidos de desculpa, as
promessas, as negações, toda essa nojeira”.
Fiquei chocado.
Fiquei
chocado.
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