Dostoievski em Pobres Gentes conta sobre um amor platônico de leitura cansativa, mas eis que de repente leio um pensamento importante, volto e releio e paro para pensar. Assim são os livros, sempre se encontra neles pelo menos uma frase que nos faz pensar.
"¿Por qué se empeña en irse a vivir entre gente extraña? ¿Sabe usted lo que quiere decir eso de gente extraña? Pues pregúntemelo a mí, que yo..., yo conozco muy bien a los extraños, y
puedo decirle a usted cómo son. Todo ser ajeno es malo".
Todo estranho é mau. Parece uma declaração para afastar as pessoas e criar antagonismo. Mas não é. A moça disse ao homem que pensava em aceitar um emprego numa casa de família, ele então quer tirar isto da cabeça dela.
"Sí, muy malo; tan malo al punto del prójimo martirizarlo con reproches y miradas de enojo. Entre nosotros, por lo menos, disfruta usted de bondad y vive recogida como en un nido".
Uma das minhas netas não consegue conviver com a nova família do pai. Tratam-na mau? Não, mas a convivência é ruim porque falta bondade, uma das facetas do amor, o gostar incondicionalmente.
Acontece, também, de as pessoas numa família se tornarem estranhas uma com as outras. Então, no dia-a-dia tudo aborrece e enoja. a convivência fica horroroza. É tão bom quando se gosta! Como diz o personagem russo: "¿Qué será entonces de mí sin usted?"
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