
O psiquiatra Augusto Cury falando sobre depressão ensina que ao falar com alguém nesta situação não se deve ser condescendente ou trata-lo como um “pobrezinho” e aconselha a falar assim: “Quem disse que você é uma pessoa frágil que esgotou o prazer de viver? Ou um pobre que não consegue carregar o peso das suas perdas? Para mim você não é nada disso. Para mim, você é apenas um homem orgulhoso, alienado de misérias maiores que a sua”.
Cury diz que sua experiência com este modo de tratar o deprimido teve, entre outras, a seguinte resposta: “Um triste homem disse que na hora que falei isto pensou no pai que lhe esmagara a infância e lhe causara muita dor. Viu-o como uma pessoa emocionalmente distante, alienado e enclausurado em si mesmo. Ao ver que tinha tocado numa ferida profunda diminuí o tom de voz: ‘Eu respeito a sua dor. Ela é única e só você consegue senti-la. Ela te pertence e a mais ninguém’. Ele ficou quieto por um tempo e falou que sempre condenara veementemente seu pai, mas que começou a vê-lo, pela primeira vez, com outros olhos. Então lhe disse: ‘Para mim, você também é um ser humano corajoso, pois tenciona afastar-se do mundo e de tudo o que ele oferece e deixar sua família, trabalho e sonhos. É sem dúvida uma bela ilusão’”.
Mas a batalha contra a depressão não é ganha tão facilmente. O homem reagiu. “Já escolhi este destino. Não tenho mais esperança”. Ao que o doutor revidou: “Você já se sentenciou a viver num limbo? E nem se deu o direito de defesa? Porque não se dá o direito de argumentar com seus fantasmas, encarar suas perdas e lutar contra suas idéias pessimistas? Você é realmente injusto consigo mesmo!”
Então, o homem lembrou que já havia procurado a ajuda de outros psiquiatras e psicólogos, mas nada tocava seu rígido intelecto, nenhuma explicação conseguiu retirá-lo do seu atoleiro emocional. O médico então desferiu uma saraivada de perguntas: “Somos apenas um cérebro organizado ou temos uma psique que coexiste com o cérebro e transcende seus limites? Que religioso pode viver sem fé? Que neurocientista pode argumentar que lhe é bastante a especulação científica? Que ateu pode defender suas idéias contra Deus sem nem um pouco de insegurança? Sabe, somos dois ignorantes, a diferença entre nós é que eu reconheço a minha”.
São tantas as pessoas com depressão hoje em dia, que bem podíamos usar esta abordagem com alguém assim que apareça em nosso caminho. Mas com bastante empatia.
Cury diz que sua experiência com este modo de tratar o deprimido teve, entre outras, a seguinte resposta: “Um triste homem disse que na hora que falei isto pensou no pai que lhe esmagara a infância e lhe causara muita dor. Viu-o como uma pessoa emocionalmente distante, alienado e enclausurado em si mesmo. Ao ver que tinha tocado numa ferida profunda diminuí o tom de voz: ‘Eu respeito a sua dor. Ela é única e só você consegue senti-la. Ela te pertence e a mais ninguém’. Ele ficou quieto por um tempo e falou que sempre condenara veementemente seu pai, mas que começou a vê-lo, pela primeira vez, com outros olhos. Então lhe disse: ‘Para mim, você também é um ser humano corajoso, pois tenciona afastar-se do mundo e de tudo o que ele oferece e deixar sua família, trabalho e sonhos. É sem dúvida uma bela ilusão’”.
Mas a batalha contra a depressão não é ganha tão facilmente. O homem reagiu. “Já escolhi este destino. Não tenho mais esperança”. Ao que o doutor revidou: “Você já se sentenciou a viver num limbo? E nem se deu o direito de defesa? Porque não se dá o direito de argumentar com seus fantasmas, encarar suas perdas e lutar contra suas idéias pessimistas? Você é realmente injusto consigo mesmo!”
Então, o homem lembrou que já havia procurado a ajuda de outros psiquiatras e psicólogos, mas nada tocava seu rígido intelecto, nenhuma explicação conseguiu retirá-lo do seu atoleiro emocional. O médico então desferiu uma saraivada de perguntas: “Somos apenas um cérebro organizado ou temos uma psique que coexiste com o cérebro e transcende seus limites? Que religioso pode viver sem fé? Que neurocientista pode argumentar que lhe é bastante a especulação científica? Que ateu pode defender suas idéias contra Deus sem nem um pouco de insegurança? Sabe, somos dois ignorantes, a diferença entre nós é que eu reconheço a minha”.
São tantas as pessoas com depressão hoje em dia, que bem podíamos usar esta abordagem com alguém assim que apareça em nosso caminho. Mas com bastante empatia.
Um comentário:
Bom texto.
beijos
Marcia Morelli
Postar um comentário