sexta-feira, 15 de maio de 2009


Os cientistas por muito tempo procuraram saber como os minúsculos cristais de silicato, que precisam altas temperaturas para se formar, são encontrados em cometas congelados vindos das profundezas geladas nas bordas do sistema solar. É aceito pelos cientistas que os cristais começariam como partículas de silicato, que é parte da mistura de gás e poeira que formou o Sistema Solar. Uma equipe de astrônomos acredita que encontrou uma explicação nova para onde e como estes cristais foram criados usando o telescópio espacial Spitzer, da NASA para observar as dores do nascimento de um jovem Sol. Os resultados do estudo forneceram uma introspecção nova da formação de planetas e de cometas. Investigadores da Alemanha, Hungria, e Países Baixos encontraram evidências de que o silicato parece ter sido transformado em cristais por irrupções de uma estrela. Detectaram a assinatura infravermelha de cristais do silicato no disco de poeira e gás que cerca a estrela Lupi EX durante um de seus flare-ups (traduzido literalmente seria o fogaréu que acontece numa frigideira cheia de banha de porco quando o fogo pula pra dentro dela) freqüentes vistos pelo Spitzer em abril 2008. Lupi EX é uma estrela nova, possivelmente similar ao nosso Sol há 4 ou 5 bilhões de anos. Estes cristais não apareciam no disco do jovem Sol em observações anteriores durante um de seus períodos de quietude.
"Nós acreditamos termos observado, pela primeira vez, o curso de formação dos cristais", disse Attila Juhasz do instituto Max Planck de astronomia em Heidelberg, Alemanha. "Nós pensávamos que os cristais se formavam pelo recozimento térmico de partículas pequenas na camada interna da superfície do disco da estrela. O que vimos é uma encenação completamente nova sobre como este material se criou". O recozimento é um processo em que moléculas aquecidas a uma determinada temperatura têm algumas de suas ligações quebradas, se reformulam e mudam de configuração e propriedades físicas. Os cientistas consideravam duas encenações possíveis em que o recozimento poderia criar os cristais do silicato encontrados nos cometas e no disco de novas estrelas. Em um cenário a exposição longa ao calor de uma estrela infantil recozia alguma poeira do silicato. No outro, as ondas de choque produzidas por grandes massas dentro do disco aqueciam os grãos de poeira de repente à temperatura necessária para cristalizá-las, depois do que os cristais esfriariam rapidamente. O que Juhasz e seus colegas encontraram em Lupi EX estabelece uma teoria mais avançada. "Nós concluímos que esta é uma terceira maneira pela qual os cristais do silicato podem ser formados com recozimento." Os astrônomos pensam que os flare-ups acontecem quando a estrela recolhe para seu núcleo as massa que acumulam em seu disco circundante. Estes flare-ups variam na intensidade, com grandes erupções que ocorrem cada 50 anos. Na observação de abril 2008 com o espectrógrafo infravermelho o pico de uma grande irrupção na estrela começava a se desvanecer, mas ela ainda era 30 vezes mais brilhante do que quando esta quieta. Quando compararam com as medidas feita pelo Spitzer em 2005 encontraram mudanças significativas. Em 2005, o silicato na superfície do disco estelar aparecia sob a forma de grãos amorfos da poeira. Em 2008, o espectro mostrou a presença de silicato cristalino sobre a poeira amorfa. Os cristais parecem ser idêntico ao material encontrado frequentemente nos cometas. Os cristais pareciam quentes, evidenciando que passaram por um processo de alta temperatura, mas não pelo aquecimento de choque. Juhasz disse: "Os cristais se formaram na camada superficial do disco mas apenas numa distância da estrela onde a temperatura era alta bastante para recozer o silicato – cerca de 1,340° Fahrenheit (730° Celsius) - mas ainda mais baixo do que 2,240° Fahrenheit (1,230° Celsius). Acima dessa temperatura, os grãos de poeira evaporam". O raio desta zona de cristal da formação é comparável àquele da região no sistema solar onde se formam os cometas. Estas observações mostram, pela primeira vez, a produção real de silicatos cristalinos como aqueles encontrados nos cometas e meteorito em nosso próprio sistema solar. “Assim, o que nós vemos nos cometas hoje pode ter sido produzido por estouros repetidos de energia quando o Sol era jovem”.
Imagine só: no início da formação da matéria só havia átomos do elemento hidrogênio. Com o tempo e nos caldeirões que foram as formações das estrelas, se construíram todos os outros mais de cem elementos e cada um em várias formas. O carbono, a base de todos os seres vivos foi um desses elementos mais complexos. Maravilhoso. Eu creio que exista um Ser superior que comandou tudo isto.

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