Sempre se
pode fazer algo de modo diferente. No século XIX – lembra? D. João VI chega em
1808, D. Pedro I diz que fica em 1822, D. Pedro II alcança a maioridade (15
anos) 1840, Princesa Isabel assina a Lei Áurea 1888 – na Europa inventava-se a
máquina fotográfica – Joseph Nièpce levou a fama de ter sido o primeiro a fotografar
em 1826 – e os pintores de quadros começaram a se mexer para criar novos jeitos
de pintar. Edgar Degas descobriu como flagrar um corpo se movimentando.
(Repetição, de 1877)
Acabei de
ler um artigo de Vanda Klabin intitulado A Dança de Degas: “Seu desenho faz uma
captação ágil de gestos rápidos. Ele intensificou a pesquisa do desenho e
aprofundou a relação do movimento no espaço. Ele elimina técnicas clássicas para
dar volume e movimento a pintura, como o chiaroscuro. Adota tons luminosos para
preencher o espaço dando ritmo e movimento de músculos ao corpo. (Baile de Máscaras)
Ele usou pó de
estanho, do alumínio, do ouro e da prata para captar reflexos causados pelo
movimento. Além das tintas usou perspectivas distorcidas, pinceladas breves e
cortes”.
Ele fez duas
séries de pinturas que o notabilizaram: as bailarinas se preparando e treinando
e mulheres tomando banho e se penteando. (A Tina, 1885)
Sua técnica faz nossos olhos pular
pela tela, focando ora aqui ora ali, o que nos dá a impressão de que as figuras
estão se mexendo.
Vanda assim
vê essa jovem dançarina: “A pequena bailarina, adolescente, denota uma
inquietante modernidade”.
Ainda não
inventaram tudo, nem descobriu-se a técnica mais simples e ideal para fazer
algo. Então, quem sabe, não se acomodando talvez seja você a descobrir o efeito
ideal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário