segunda-feira, 15 de junho de 2015

Não se acomodando talvez você descubra o efeito ideal.

Sempre se pode fazer algo de modo diferente. No século XIX – lembra? D. João VI chega em 1808, D. Pedro I diz que fica em 1822, D. Pedro II alcança a maioridade (15 anos) 1840, Princesa Isabel assina a Lei Áurea 1888 – na Europa inventava-se a máquina fotográfica – Joseph Nièpce levou a fama de ter sido o primeiro a fotografar em 1826 – e os pintores de quadros começaram a se mexer para criar novos jeitos de pintar. Edgar Degas descobriu como flagrar um corpo se movimentando.
(Repetição, de 1877)

Acabei de ler um artigo de Vanda Klabin intitulado A Dança de Degas: “Seu desenho faz uma captação ágil de gestos rápidos. Ele intensificou a pesquisa do desenho e aprofundou a relação do movimento no espaço. Ele elimina técnicas clássicas para dar volume e movimento a pintura, como o chiaroscuro. Adota tons luminosos para preencher o espaço dando ritmo e movimento de músculos ao corpo. (Baile de Máscaras)

Ele usou pó de estanho, do alumínio, do ouro e da prata para captar reflexos causados pelo movimento. Além das tintas usou perspectivas distorcidas, pinceladas breves e cortes”.
Ele fez duas séries de pinturas que o notabilizaram: as bailarinas se preparando e treinando e mulheres tomando banho e se penteando. (A Tina, 1885)

Sua técnica faz nossos olhos pular pela tela, focando ora aqui ora ali, o que nos dá a impressão de que as figuras estão se mexendo.

Vanda assim vê essa jovem dançarina: “A pequena bailarina, adolescente, denota uma inquietante modernidade”.

Ainda não inventaram tudo, nem descobriu-se a técnica mais simples e ideal para fazer algo. Então, quem sabe, não se acomodando talvez seja você a descobrir o efeito ideal.   

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