terça-feira, 12 de maio de 2015

Vendo todas essas belezas...

O cristianismo tem 32 doutores, pensadores que a poder de muita reflexão deduziram, compreenderam verdades puras. Dentre esses, três são mulheres. Estou lendo o livro A História de uma Alma escrito por uma delas, a santa Terezinha de Jesus. 

Ela morreu aos 24 anos, quase metade passados dentro de um convento. Mas ali percebeu coisas profundas que registrou para nosso aprendizado (p. 44): “Em pé na portinhola do trem, quase não respirava. Queria estar, ao mesmo tempo, dos dois lados do vagão, pois ao virar-me via paisagens encantadoras e diferentes das que estavam na minha frente. Às vezes, estávamos no cume de uma montanha, a nossos pés, precipícios de profundidade inalcançável. De outra um charmoso e pequeno lugarejo com seus graciosos chalés e seu campanário, por cima do qual balançavam indolentes algumas nuvens resplandecentes de brancura. Mais longe, um vasto lago, dourado pelos últimos raios do sol, com ondas calmas e puras a mesclar o tom azulado do Céu aos fogos do crepúsculo, apresentava a nossos olhares maravilhados o mais poético espetáculo.
Vendo todas essas belezas, surgiam pensamentos muito profundos em minha alma. Tinha a
impressão de já estar compreendendo a grandeza de Deus e as maravilhas do Céu... A vida religiosa apresentava-se a mim tal como é, com suas submissões e seus pequenos sacrifícios feitos às ocultas. Compreendia como é fácil ensimesmar-se, esquecer a sublime finalidade da vocação. Não terei a infelicidade de apegar-me a palhas, agora que 'meu coração pressentiu o que Jesus reserva a quem o ama!'"


Sinto o mesmo quando ando de bicicleta por lugares lindos, altas serras. Penso em como é mal a gente ficar deprimido ou ansioso tendo esse belo mundo para viver.

Nenhum comentário: