terça-feira, 16 de junho de 2009


Citando o pensador Theodor Adorno: "A masoquista cultura de massa constitui a manifestação necessária da própria produção onipotente".
Veja bem isso. Produzir mercadorias tornou-se a grande necessidade de nosso mundo. No livro Meio Ambiente, mesmo tendo como principal tema este assunto diz: “Já no II e III Plano Nacional de Desenvolvimento, sentimos o interesse de preservar o meio ambiente sem comprometer o processo de desenvolvimento, tornando-se um desafio sério”. A poluição tem de ser controlada sem diminuir a manufatura de mercadorias.
É evidente que se precisam fazer objetos que atendam aos novos humanos que nascem todos os dias, mas o que os trabalhadores ouvem no "chão das fábricas" é outra coisa: Para manter seus empregos vocês têm de bater nova meta.
Assim lutando contra as máquinas que engolem postos de trabalho o operário vive num constante estresse. Na outra ponta o comprador do objeto fabricado precisa ser mantido o tempo todo sob uma estressante pressão psicológica que o induza a adquiri-los, ficando endividado e, assim, mais dependente do emprego que o desgasta tanto. É isto que Adorno chama de "cultura masoquista de massa".
Não se pode fazer nada contra esse círculo vicioso! Podemos. Precisamos dizer não ao desejo de gastar que foi implantado na gente como chip do mal e fazer o contrário do que mandou nosso presidente que já foi operário.. Também devemos lembrar que a premente necessidade de ter e de fazer está nos mantendo sequestrados. Vigiar, porque estão nos dominando e nos fazendo sofrer. Não podemos gostar dessa situação. Não somos masoquistas e se somos não continuaremos sendo. Com o pé no freio dos gastos vamos escapulindo desta armadilha. Fico por aqui, vou trabalhar. Preciso fazer alguém gastar para que eu possa ganhar o meu. Mas, de leve, venho baixando minhas metas e meus gastos, e desse jeito pressionando menos os outros.

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